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IOF: medidas podem ser insuficientes e economista teme restrição ao crediário
Um dos receios do economista da Fecomercio é que, sem alcançar o objetivo, o Governo adote medidas de restrição ao crediário para conter o consumo.
O aumento do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) sobre compras a prazo e empréstimos à pessoa física de 1,5% ao ano para 3% ao ano pode ter pouca força, de acordo com o economista da Fecomercio (Federação do Comércio de São Paulo), Fábio Pina, e o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.
Um dos receios do economista da Fecomercio é que, sem alcançar o objetivo, o Governo adote medidas de restrição ao crediário para conter o consumo.
“Eu tenho até um pouco de medo de falar isso, porque a próxima ideia que eu acho que o governo vai adotar é começar a restringir o crediário via prazo”, disse Pina, segundo a Agência Brasil.
Já Skaf ressaltou que o País não pode ter medo do consumo, porque sem ele não há investimento, crescimento e novos empregos. “Não podemos, a cada vez que se sinaliza [aumento da] demanda, tomar medidas e acabar com essa demanda. Temos que entrar em um círculo virtuoso. É bom ter demanda”, afirmou.
Insegurança para o mercado
Na opinião de Fábio Pina, outro problema é que o fato das medidas de combate a inflação estarem sendo anunciadas separadamente deixa uma sensação de insegurança para o mercado, como se o Governo não soubesse como lidar com a situação. “De certa forma, o governo não fez a leitura mais adequada do que está acontecendo no cenário macroeconômico”.
De acordo com o especialista, a solução virá quando o governo adotar o que chamou de "medidas de base", como “reforma fiscal, aumento de investimentos em infraestrutura e redução da carga tributária”. Segundo o profissional, caso o governo sinalize comprometimento com essas reformas, o mercado tende a responder positivamente. “Se ele começar a endereçar a solução de longo prazo, o mercado já antecipará isso.”