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Crédito está em ritmo mais lento que esperado, diz BC
A perspectiva da autoridade monetária era de que o setor tivesse um avanço de 15% em 2012.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou ontem que o crédito no país está crescendo em ritmo mais lento do que o esperado. A perspectiva da autoridade monetária era de que o setor tivesse um avanço de 15% em 2012. Mas agora a expectativa é de que, no setor automobilístico, os financiamentos voltem a crescer este ano, com a economia "pegando tração" ao longo do ano.
Segundo ele, a autoridade monetária procura prover as condições para que, em momentos de crise, a concessão de crédito estimule a retomada, assim como, em momentos de aquecimento da atividade, não gere inflação. O presidente do BC evidenciou o papel da instituição enquanto regulador, com a necessidade de ter uma visão de "neutralidade frente ao ciclo econômico". Tombini acredita que, nos momentos de euforia, o crédito não deve crescer exageradamente. "Agora, nos momentos em que a economia começa a recuperar, é natural que se espere que o crédito acompanhe esse processo, e não que as instituições fiquem excessivamente severas no processo de concessão de crédito", disse.
A expectativa é a de que a economia em 2012 cresça mais do que no ano passado, sendo que o segundo semestre deverá ser mais forte do que o primeiro. E o crescimento econômico deverá ser suficiente para fazer com que a inadimplência seja reduzida. "Nossa visão é que, com o crescimento maior da economia, no segundo semestre, essa inadimplência recue. Ou seja, olhando para frente, o crédito, inclusive o crédito de financiamento de automóvel, tem condições de crescer sim", disse.